21 de outubro de 2012

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23 de maio de 2012

ANEL na Marcha da Maconha ABC



Guerra aos pobres, eu digo não!
ANEL na Marcha pela Legalização!

O tema da legalização das drogas é assunto polêmico na sociedade brasileira e mundial, porém precisa ser discutido. Hoje a política de drogas usada no Brasil e em grande parte do mundo gera um gasto milionário aos cofres públicos e não resolve os problemas relacionados às drogas nem impede seu uso e sua comercialização. O Brasil já é o terceiro país que mais prende seus cidadãos no mundo, atrás apenas de EUA e China, e dos cerca de 500 mil detidos no país praticamente um quarto deles está nesta situação desumana por conta de crimes relacionados à drogas, e hoje a maior parte dos afetados pela guerra às drogas (que são presos ou assassinados) tem pele escura e são pobres. A ilegalidade fortalece o tráfico e a violência nos morros e favelas do país. A violência do Estado para reprimir os usuários e traficantes tem práticas racistas, onde o negro é traficante e o branco é usuário (cartilha da Polícia Militar). As drogas são usadas para criminalizar os pobres e os movimentos sociais, basta lembrar que a mídia usou como parte da campanha contra a ocupação do Pinheirinho a justificativa de que lá existia tráfico de drogas. Além dos episódios que estamos assistindo no centro de São Paulo, como do Moinho e da Cracolândia. Nos morros e favelas não existem leis e direitos, a policia atira para matar a juventude negra e pobre, invade casas e aborda indivíduos, atacando suas privacidades, sob pretexto de combate às drogas. Essa política proibicionista é um mecanismo de criminalização e controle social e racial da população pobre.

A falência da política proibicionista em termos humanos, de segurança, de direitos, liberdades e saúde pública é cada vez mais explícita, tornando-a insustentável.

Basta de guerra, racismo, moralismo, violência, corrupção e proibição. Queremos o direito à saúde, à informação, ao próprio corpo, à autonomia, à liberdade: é hora de uma nova política de drogas para o Brasil. (Leia também o manifesto "Basta de Guerra")

Convocamos tod@s @s estudantes para a Marcha da Maconha ABC

As marchas pela legalização da maconha é um movimento social histórico que há muitos anos vem ocupando as ruas do Brasil e do mundo. Durante muito tempo foram criminalizadas e tratadas como apologia ao crime de uso de drogas, mas em 2011 o Supremo Tribunal Federal julgou legal e autorizou as Marchas da Maconha em todo território nacional. No dia 26 será realizada a Marcha da Maconha ABC em Diadema, apesar da legalidade garantida pelo STF, a Prefeitura de Diadema tentou impedir sua realização, desautorizando os organizadores da Marcha. Contudo, a Marcha vai acontecer com ou sem aprovação do Prefeito Mario Reali. Vamos às ruas colocar em pauta este debate para a população de Diadema e região!

Dia 26 de Maio - 13h 
Na Praça da Moça (Centro - Diadema) 

Obs: Quem vem de São Paulo, pode pegar o trolebus para Diadema no Jabaquara - acesso pelo metrô.

Oficina de cartazes:
Dia 25 - 19h na Fundação Santo André (Prédio da FAFIL)

22 de maio de 2012

GREVE na Unifesp Diadema

Professores de cinco campi da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) decidiram entrar em greve nesta terça-feira (22) - apenas os professores de Guarulhos não aderiram à paralisação. A decisão foi tomada durante assembleia geral e faz parte do movimento nacional de paralisação das universidades federais. Até o momento, 40 universidades estão paradas, além de 3 institutos federais.

Segundo Virgínia Junqueira, presidente da Adunifesp (Associação dos Docentes da Unifesp), os professores de Guarulhos participam das mobilizações, mas ainda não aderiram à paralisação porque os alunos da unidade estão em greve há mais de dois meses. A próxima assembleia geral está marcada para o dia 29 de maio. Os campi paralisados são: Diadema, Baixada Santista, Osasco, São José dos Campos e São Paulo. (1)

O campus da Unifesp em Diadema, que votou GREVE desde o dia 17, é fruto do REUNI, e como parte da expansão precarizada do decreto federal, os estudantes sofrem com problemas de infraestrutura desde a sua fundação. Os problemas, levando em conta suas particularidades, são os mesmos que ocorrem por várias universidades em todo país:  falta de restaurantes universitários e RU's que não comportam a demanda e fazem surgir filas cada vez maiores, falta de moradias e bolsas insuficientes e sem reajuste, salas de aula super-lotadas, obras não finalizadas, e a conseqüente falta de prédios e salas de aula que comportem a parte acadêmica e administrativa dos cursos novos e um longo etc.

A greve aprovada pelos estudantes e professores do campus de Diadema é parte de uma mobilização nacional em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, e de uma expansão com 10% do PIB para a educação!

É um absurdo que o governo Dilma deixe a educação pública brasileira sob essas condições. Elegeu-se com a confiança dos brasileiros de que a educação seria uma prioridade em seu governo, e o que dá em troca é isso? A única forma de resolver esse problema é através da luta, das mobilizações, protestos de rua, ocupações de reitoria e greves. Ao longo da história do nosso país, só conseguimos avançar em direitos e soluções aos problemas sociais com muita luta! Em 2012, também não será diferente.

Desde já, convidamos todos os lutadores para a nossa VI Assembléia Nacional, que deverá ser um desaguadouro natural de todo o processo de mobilização nacional, no dia 16 de junho no Rio de Janeiro. É preciso desde já unificar o conjunto do movimento estudantil. É nesse sentido que a ANEL tomou a iniciativa de lançar o "MANIFESTO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL BRASILEIRO", para que seja assinado pelos diversos DCEs e entidades estudantis do país. Este Manifesto, além de prestar todo o apoio à greve da educação, convoca todos e todas à Marcha Nacional pela Educação no dia 5 de junho, que já está sendo convocada pela FASUBRA e pelo ANDES-SN, e a instalação nesta mesma data do COMANDO NACIONAL DE GREVE DOS ESTUDANTES. Com a presença das principais entidades estudantis, este Comando deve ser nosso principal instrumento para articular, organizar e potencializar a mobilização dos estudantes.

Leia carta de reivindicações dos estudantes da Unifesp Diadema, clique aqui.


(1) Texto: UOL Educação.

Vem aí... VI Assembleia Nacional da ANEL!

Participe da delegação do seu Estado!

 

16 de junho, no Rio de Janeiro

Dia 15 de maio de 2012 completou-se 1 ano da ocupação da Plaza Puerta del Sol, em Madrid na Espanha. A juventude espanhola, novamente, foi ocupar a Praça, guiados pela Revolução Árabe e o símbolo que se tornou a Praça Tahrir do Egito. Nós no Brasil temos visto com muita expectativa o desenrolar das revoluções que derrubam ditaduras e das mobilizações e guerra social que vive a Europa, em especial a Grécia, imersa em planos de austeridade, crises políticas, incertezas e muita gente na rua. É no meio das lutas de juventude e do desenrolar da crise econômica mundial que a Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre convoca, com muito entusiasmo, todo o movimento estudantil brasileiro a se reunir no dia 16 de junho, no Rio de Janeiro, na VI Assembléia Nacional da ANEL.

Greve nas Federais e a Luta por Expansão com 10% do PIB para a Educação!

Vivemos a maior greve das Instituições Federais de Ensino Superior da última década. O acúmulo de problemas e de uma situação de trabalho e estudo nas IFES gerou uma revolta crescente entre professores, estudantes e funcionários que fez explodir a luta. Já são quase 50 universidades e institutos que deflagraram a greve docente, quase 20 destas os estudantes já aderiram greve estudantil e ao que tudo indica, os funcionários também irão se incorporar.

No dia 24 de abril de 2012, completou-se 5 anos da implementação do REUNI – Programa de Expansão e Reestruturação das Universidades Federais. Ao longo desses anos, por conta de uma política irresponsável do governo federal de expandir as universidades sem aumentar qualitativamente as verbas, foram acumulando-se muitas contradições. Há um número maior de cursos, de alunos em salas de aulas, porém faltam professores, estrutura física, assistência estudantil – são cada vez maiores as filas dos restaurantes universitários e a demanda por moradias, bolsas de estudo e creches universitárias. Essa situação levou a que diversos estudantes organizassem grandes mobilizações no semestre passado. Foram algumas greves, mais de 15 ocupações de reitorias, além de massivas assembléias e protestos. Unificando todas as lutas, a ANEL junto com ANDES-SN, CSP Conlutas, MTST, SINASEFE, entre outros, organizaram uma grande campanha em defesa do investimento de 10% do PIB para a educação pública já, realizando uma Marcha em Brasília com 20 mil estudantes e trabalhadores e um Plebiscito Popular com mais de 400 mil votos de todo o país.

Nos marcos de um avanço da precarização das universidades, há uma situação cada vez mais degradante das condições de trabalho dos docentes e técnico-administrativos. Sofrem também com a falta de investimento e a expansão sem qualidade, que não trouxe uma quantidade maior de profissionais que desse conta da maior demanda, e por isso há uma enorme sobrecarga de trabalho. Além disso, reivindicam uma reestruturação da carreira e reajuste salarial, que sequer o acordo firmado com o governo no ano passado foi respeitado! Por conta dessa situação, o ANDES-SN convocou a greve das IFES para o dia 17 de maio, e desde então foi instalado o Comando Nacional de Greve. São cada vez mais universidades aderindo! A FASUBRA está com o indicativo de greve para o dia 11 de junho. Em várias universidades, os professores já aprovaram greve em suas assembléias, com votações de ampla maioria a favor da paralisação das aulas. Os estudantes da ANEL tem prestado todo o seu apoio à justa mobilização docente, e é um dever agora potencializar a luta dos professores e funcionários colocando também o movimento estudantil na linha de frente dessa batalha!

Se o governo federal corta verbas para a educação (R$5 bilhões entre 2011 e 2012!) e busca aprovar o novo Plano Nacional de Educação que incorpora as metas do REUNI, transformando-as em política de estado. Se Dilma se nega em ampliar o investimento para a educação pública, garantindo 10% do PIB já. Se as reitorias de todo o país agem com completa falta de democracia na alocação dos recursos e nas decisões dos conselhos universitários. Nós, estudantes, devemos lutar! Queremos sim uma expansão, que tenha de fato qualidade, e para isso, é necessário ampliar o investimento para no mínimo 10% do PIB para a educação pública. Devemos exigir a construção de novos restaurantes universitários, a ampliação do número das bolsas e o aumento para o valor de R$500,00 com reajuste de acordo com a inflação, mais vagas nas moradias e creches universitárias, infra-estrutura de qualidade para todos os cursos novos, abertura de concurso público para mais professores efetivos e técnico-administrativos, além de exigir às reitorias prioridade nos orçamentos para assistência estudantil e que haja uma real democracia nas decisões da universidade, com paridade nos conselhos universitários e nas eleições para reitorias e diretorias.

A ANEL impulsionou a construção do MANIFESTO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL BRASILEIRO, para que as diferentes entidades estudantis assinem. O Manifesto convoca a Marcha Nacional pela Educação, que ocorrerá no dia 5 de junho em Brasília, de todo o funcionalismo federal, e que terá um grande peso das universidades federais.

É muito importante desde já organizar todos os estudantes a se somarem às caravanas de seus estados. No mesmo dia, propomos a construção do Comando Nacional de Greve dos Estudantes, para unificar e articular nacionalmente a mobilização. E no dia 16 de junho, a VI Assembléia Nacional da ANEL deverá ser o catalisador de todo esse processo de lutas e greve da educação, para fortalecer a campanha nacional por uma expansão com 10% do PIB para a educação, além da articulação entre estudantes, professores e funcionários na defesa de condições de trabalho dignas e de uma educação pública, gratuita e de qualidade.

Assembléia Nacional durante a Cúpula dos Povos: ANEL em defesa do meio ambiente!

Aqui no Brasil, entre os dias 20 e 22 de junho, será realizada o evento “Rio+20: Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável”. A iniciativa é mais uma tentativa dos governos de responder a enorme crise ambiental que vive nosso planeta, dados os alarmantes índices de poluição, uso irracional dos recursos naturais, ameaça à biodiversidade, aquecimento global, etc. Porém, até entre os ambientalistas não há grandes expectativas nessa Conferência. Além de que os principais governantes, como Obama e Merkel, não confirmaram presença, os encaminhamentos da Conferência devem mais uma vez representar uma grande fachada. Assim como o protocolo de Kyoto (1998), a Rio 92 e a COP 15 (2009), o que se espera é mais uma boa carta de intenções e nenhuma medida real que de fato regulamente os governos e empresas para a defesa do meio ambiente.

Uma série de movimentos sociais e ONGs estão se organizando para construir em paralelo a “Cúpula dos Povos”, evento que será realizado entre os dias 15 a 23 de junho. A partir do mote “Por Justiça Social e Ambiental”, este evento está aglutinando grandes debates acerca da temática ambiental. Apesar das críticas pontuais que fazem à Rio+20, serão parte de sua organização e não apresentam uma saída para a crise ambiental além do chamado “desenvolvimento sustentável”. Nesse sentido, diversos movimentos sociais como a CSP Conlutas, o movimento Xingu Vivo, a Auditoria da Dívida Pública e a própria ANEL estarão presentes nesse espaço, questionando seu caráter e buscando pensar saídas de luta para defender o meio ambiente e a condição de vida digna da classe trabalhadora.

Veta tudo, Dilma! Não ao novo Código Florestal!

Na véspera da realização do Rio+20, o Congresso Nacional aprovou, por 274 votos a favor e 184 contra, o novo Código Florestal (PL 1876/99), que agora aguarda a sanção ou o veto da presidente Dilma até o dia 25 de maio. O texto aprovado é um crime contra as matas e florestas brasileiras. Prevê absurdos, como anistia aos que já desmataram e ao produtor que descumprir o prazo de cinco anos para regularizar suas terras, diminui a distância mínima do leito dos rios para as chamadas APPs (áreas de preservação permanente), aumenta a concessão de crédito rural para os desmatadores, etc. A bancada ruralista do congresso, que vai desde o PSDB e PP até o PMDB, PT, PCdoB e PV (base aliada do governo), ficou bastante satisfeita.

O Brasil possui índices assustadores de desmatamento. Segundo o IBGE, cerca de 15% da Amazônia já foi desflorestada, 48% do cerrado já foi desmatado e restam apenas 10% da mata atlântica. A maior parte do desmatamento no Brasil é do latifúndio, que cultiva soja e outras commodities (produtos primários) para serem exportados. Só no estado do Mato Grosso, de agosto de 2011 a março deste ano foram desmatados 637 quilômetros quadrados da Floresta Amazônica, 96% mais que no mesmo período do ano passado. E em Roraima, o desmatamento cresceu 367%! Nosso país é rico em terras cultiváveis, que deveriam servir aos pequenos produtores com a finalidade de resolver a fome que assola milhões de brasileiros. E não ampliar ainda mais o lucro de grandes empresários do agronegócio que não tem qualquer preocupação com o meio ambiente, a vida de milhares de indígenas que vivem nestas terras e a condição de vida dos trabalhadores brasileiros.

Dilma, agora está com o projeto em sua mesa. O governo afirma que pode vetar alguns pontos do projeto, porém isso não será suficiente. Há uma lógica fundamental que guia esse novo Código Florestal, que é criar condições de beneficiar a produção em larga escala dos grandes latifundiários e empresários do agronegócio. Para isso, podem passar o trator nas florestas e famílias indígenas, que o “crescimento da economia deve vir em primeiro lugar”.

Precisamos de um Código Florestal oposto pelo vértice desta proposta aprovada. Que tenha compromisso com a reforma agrária e não com o latifúndio. Que tenha medidas de proteção ao meio ambiente, com punições claras para os desmatadores, demarcação das terras das tribos indígenas, incentivo aos pequenos produtores, etc. Por isso devemos dizer em alto e bom som, por todo o Brasil: Veta tudo, Dilma! Não ao novo Código Florestal!

Pare Belo Monte! Em defesa do Xingu Vivo.

A campanha “Pare Belo Monte!” também terá destaque nos debates da Cúpula dos Povos. Impulsionada pelo movimento Xingu Vivo, a campanha só se fortalece em todo o Brasil, e a ANEL quer colocar sua Assembléia Nacional a serviço de impulsionar ainda mais a resistência à construção da usina hidrelétrica. Este grande empreendimento, que conta com o apoio do governo federal e incentivos fiscais e financeiros do BNDES, irá trazer conseqüências graves ao meio ambiente e a população ribeirinha que vive na região: o alagamento de grandes áreas que ameaça a biodiversidade com várias espécies passíveis de extinção, a seca de parte do Rio Xingu, a remoção dos povos ribeirinhos e aldeias indígenas, as péssimas condições de trabalho dos operários dos canteiros de obras, além da completa falta de planejamento urbano para comportar a mega obra. Só quem ganha com isso são as grandes empreiteiras, construtoras e os proprietários das indústrias que irão se aproveitar da energia produzida.

O governo Dilma diz que a obra é necessária para desenvolver o país e ampliar as matrizes energéticas. Mas será apenas uma mera coincidência que o apoio do governo à construção da hidrelétrica venha depois de que 40% dos recursos da campanha para eleger a Dilma presidente foram financiados por grandes empreiteiras, como a Camargo Correa, Andrade Gutierrez e Norberto Odebrecht? Na realidade, há uma série de outras formas de produzir mais energia sem prejudicar a Amazônia e respeitando as milhares de famílias que vivem na região. É necessário investimento em fontes renováveis de energia que não tenham tais impactos ambientais. Ainda por cima, há outras hidrelétricas na região, e de acordo com estudos feitos pelo professor Célio Bermann da USP, se apenas fosse feita a manutenção das que já existem, haveria uma produção de energia maior do que produzirá Belo Monte! Além disso, as obras têm sido feitas em base a uma enorme exploração dos operários da construção civil, que já fizeram diversas greves e manifestações para cobrar melhores condições de trabalho, todas acompanhadas de perto pelo sindicato da construção civil de Belém e a CSP Conlutas.

O movimento Xingu Vivo está organizando o evento Xingu+23, relembrando uma das maiores e mais radicalizadas manifestações do povo indígena na história do país, há 23 anos atrás (1989), com a presença de 3000 pessoas. O protesto ficou marcado pela atitude da índia kaiapó Tuíra, que tocou com a lâmina de seu facão o rosto do então diretor da Eletronorte, José Antônio Muniz Lopes. O gesto forte de Tuíra foi registrado pelas câmaras e ganhou o mundo em fotos estampadas nos principais jornais brasileiros e estrangeiros (veja os vídeos no youtube!).

Os debates na Cúpula dos Povos e a VI Assembléia Nacional da ANEL devem servir para dar um basta a essa situação. Devemos construir uma grande campanha nacional, com apoio internacional, que exija ao governo Dilma que PARE BELO MONTE. Em defesa da floresta amazônica, dos povos indígenas e ribeirinhos, dos operários da construção civil, entre também nessa campanha!

A luta contra o machismo, racismo e homofobia é todo dia!

A juventude brasileira sofre todos os dias com várias formas de preconceito. A juventude negra, que em sua maioria vive nas periferias e favelas brasileiras, é o alvo prioritário da violência urbana e policial. A juventude de 18 a 24 anos representa 47% dos casos de homicídios, porém em sua ampla maioria são negros. Há uma diferença, de acordo com dados de 2008, de 111,2% de mortes de negros em relação aos brancos. Os estados que mais matam negros são Pernambuco, Alagoas, Espírito Santo, Distrito Federal e Rio de Janeiro, onde há um verdadeiro genocídio da população e juventude negra. Esses índices só demonstram como o racismo ainda é uma ameaça concreta a igualdade entre negros e brancos, que seguem ganhando os piores salários, ocupam os postos de trabalho mais precários e são os primeiros a abandonar os estudos para trabalhar. A juventude negra não está nas universidades porque foi alijada historicamente deste espaço. Recentemente, o STF julgou a constitucionalidade das cotas raciais, e graças a toda a pressão do movimento negro, conseguimos uma vitória parcial. Porém, de acordo com a vinda do tema à tona, ganham maior espaço os setores reacionários e racistas que querem excluir ainda mais a população negra. Está na hora do movimento estudantil de todo o país agarrar com força a luta pelas cotas raciais!

É necessário também que avancemos em lutas em defesa dos direitos das mulheres e contra o machismo. As Marchas das Vadias, que questionam todo o “papel natural” destinado às mulheres e a violência e assédio que sofrem em casa, no trabalho e nas ruas, têm se fortalecido em todo o país como um pólo de aglutinação e resistência. A ANEL, junto com o Movimento Mulheres em Luta que é também filiado à CSP Conlutas, deve organizar em todo o país campanhas contra o machismo, que defenda os direitos das mulheres e batalhe pela construção de creches públicas e universitárias.

A luta LGBT, de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros, tem ganhado destaque em cenário nacional. Dia 16 de maio foi realizada a III Marcha Nacional contra a Homofobia, e a divulgação e venda da Cartilha da ANEL contra a homofobia nas universidades e escolas foi um sucesso! Enquanto o governo Dilma se nega a criminalizar a homofobia e os estudantes são privados de uma educação básica que ensine o respeito à diversidade, a ANEL deve seguir organizando, junto com os movimentos LGBTs, uma forte campanha de virada contra a homofobia!

A VI Assembléia Nacional da ANEL estará comprometida, como é rotina em nossa entidade, com a batalha contra as opressões, em defesa dos negros(as), mulheres e LGBTs. A Assembléia deverá impulsionar novas campanhas e cartilhas para construir desde a base um movimento estudantil livre das opressões!

Eleja delegados no seu curso ou escola e venha participar da VI Assembléia Nacional da ANEL!

Serão centenas de estudantes, delegados eleitos em sua base, que irão para o Rio de Janeiro no dia 16 de junho debater os principais desafios do próximo período para o movimento estudantil brasileiro. Em cada curso, universidade e escola, as Comissões Executivas Estaduais da ANEL estarão encarregadas de fazer um amplo processo de divulgação, discussão e eleição dos delegados para participar da Assembléia, colado em cada processo de luta! Cada DCE ou Executiva de Curso pode eleger 3 delegados, os Centros e Diretórios Acadêmicos e os Grêmios elegem 2 delegados, e os coletivos e oposições 1 delegado. Inicie o debate no seu curso ou escola e eleja delegados! Fazemos um convite também para que os diferentes coletivos que constroem a oposição de esquerda da UNE participem também da Assembléia, com o objetivo de unificar nossas lutas e fazer uma experiência com a entidade, que estará de portas abertas aos companheiros. Qualquer dúvida, entre em contato com a Executiva Nacional da ANEL a partir do email contato@anelonline.org.

Venha participar conosco e construa também a história do movimento estudantil brasileiro!

21 de maio de 2012

Declaração da ANEL de apoio à greve das IFES e pela construção do Comando Nacional de Greve dos Estudantes

 

Através desta declaração, a ANEL presta seu total e irrestrito apoio à greve dos docentes das Instituições Federais de Ensino Superior. Pela justeza de suas reivindicações e a força de sua mobilização, nos somamos às assembléias e comandos de greve e convocamos todos os estudantes a também se levantar, em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, e de uma expansão com 10% do PIB para a educação. Essa luta é de todos nós, trabalhadores e estudantes brasileiros.

A força da greve é impressionante. Até o momento, já são 45 IFES que aprovaram parar, sendo 41 universidades e 4 institutos. Além destas, há diversos informes de assembléias que serão realizadas nos próximos dias para deliberar sobre a greve. De acordo com Pires, 2º vice-presidente da Regional Rio Grande do Sul do ANDES-SN: “Quem estava em dúvida se era oportuno entrar na greve, agora, devido à força inicial, tem decidido pela paralisação”. De acordo com a nota oficial do Comando Nacional de Greve: “são muitos os relatos de assembléias e atos públicos considerados históricos pelo número de participantes, qualidade dos debates e entusiasmo. A greve se mostra forte desde o início e o conjunto de informações indicam que o movimento se ampliará ainda mais nos próximos dias.” Não é nenhum exagero afirmar que este movimento grevista de 2012 deverá superar a histórica greve de 2001.

Veja as IFES que já aprovaram a greve

Já estão em greve: UFAM, UFPA, UFRA, UFOPA, UNIFAP, UNIR, UFRR, UFAC, UFMA, UFPI, IFPI, UFPB, UFCG, UFAL, UFPE, UFRPE, UFS, UFERSA, IFC, UNIVASF, UFMT, UFG campus catalão, UFGD, UFOP, CEFET/MG, CTU/JF, UFLA, UNIFAL, UFV, UFU, UFVJM, UFSJ, UFTM, UFES, UNIPAMPA, FURG, UFPEL, UFPR, UTFPR.
Entra na segunda (21/05): UFRB, UnB, UFJF, UniRio, UFRRJ.
Entra na terça (22/05): UFF.
 
Leia a declaração completa, clique aqui ou aqui.

20 de maio de 2012

Manifesto do Movimento estudantil Brasileiro: Todo Apoio à greve da educação!


Vivemos a maior greve das instituições federais de ensino superior da última década. A partir do chamado pelo ANDES-SN da greve dos professores no dia 17 de maio e o indicativo de greve da FASUBRA para 11 de junho, foi uma enxurrada de assembléias massivas e uma após a outra, as universidades e institutos federais aprovando a greve. Entre os estudantes, muita solidariedade à greve dos professores e funcionários. O movimento estudantil brasileiro deve prestar todo o seu apoio à luta das diferentes categorias em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Essa luta também é nossa! Não é a toa que vivemos esse período atual de lutas e greves. Só nos últimos 2 anos, o governo Dilma cortou quase R$5 bilhões da educação. Ao mesmo tempo, apresentou o novo Plano Nacional da Educação que não resolve o grande problema da falta de investimento, propondo apenas 7% do PIB só para 2020. Nos últimos 5 anos, fruto da implementação do REUNI, as universidades federais passaram por um processo de expansão que não veio acompanhado dos recursos necessários, e agora acumularam-se diversos problemas. Falta assistência estudantil (bolsas, restaurantes universitários, moradias, creches universitárias), professores efetivos, estrutura física e novos prédios, segurança nos campi, e um longo etc. Para os trabalhadores das universidades, muita sobrecarga de trabalho, com salas de aula super- lotadas, professor efetivo contratado como temporário, escassez das bolsas de pesquisa e extensão, aumento médio de até 40% do número de horas-aula, a falta de um plano de carreira digno. Em 2007, na forte mobilização nacional que ocupou diversas reitorias quando o REUNI foi aprovado, os estudantes alertaram que isso aconteceria. 5 anos depois, essa greve só comprova a irresponsabilidade da expansão orquestrada pelo governo federal. Não basta expandir as universidades, é preciso sustentar essa expansão! Se o governo federal não ampliar de fato o investimento para a educação, desde as creches públicas, as escolas municipais e estaduais, até o ensino superior, essa situação nunca irá se solucionar. Queremos Expansão com 10% do PIB para a Educação! É por isso que nós, entidades estudantis abaixo-assinadas, organizamos esse Manifesto do Movimento Estudantil Brasileiro, declarando “Todo Apoio à Greve da Educação!” e convocando os estudantes à luta. Enquanto a juventude está em luta no mundo inteiro, derrubando ditaduras e enfrentando os efeitos da crise econômica, chegou a hora de da juventude brasileira também entrar em cena. Vamos defender nossa educação, pública gratuita e de qualidade, junto com a classe trabalhadora, pra transformar o Brasil! Chamamos todas e todos estudantes para construir uma Marcha Nacional da Educação que será realizada no dia 5 de junho em Brasília, chamada pela FASUBRA e o ANDES-SN, que servirá pra pressionar nossos governantes a atender as reivindicações. E no mesmo dia, instalar o Comando Nacional de Greve dos Estudantes, que possa unificar o conjunto do movimento estudantil e traçar os próximos desafios para nossa mobilização. Paute na sua entidade e assembléias estudantis e venha se somar a essa luta!

- Todos à Marcha Nacional da Educação no dia 5 em Brasília!
- É hora de construir o Comando Nacional de Greve dos Estudantes!


Os estudantes são parte dessa luta por uma expansão de qualidade com 10% do PIB para educação!

É hora de aprovarmos nas assembléias estudantis e juntos aos DCE'S e CA's do país a assinatura ao manifesto!




A hora é essa!
VAMOS NOS UNIR!

11 de maio de 2012

Drogas: Debate na Fundação Santo André

 ANEL assina o manifesto "Basta de guerra: é hora de outra política de drogas para o Brasil" da Marcha da Maconha. Leia aqui.

Hoje a política de drogas usada no Brasil e em grande parte do mundo não resolve os problemas relacionados às drogas nem impede seu uso e sua comercialização. A ilegalidade fortalece o tráfico e a violência nos morros e favelas do país. A violência do Estado para reprimir os usuários e traficantes tem práticas racistas, onde o negro é traficante e o branco é usuário (cartilha da Polícia Militar). Além da criminalização da pobreza que estamos assistindo no centro de São Paulo em episódios como do Moinho e da Cracolândia.

Para debater o assunto a ANEL junto com o Colegiado de Ciências Sociais da FSA está organizando um debate, a intenção deste é colocar em pauta a definição antropológica de droga, a noção de compulsividade, a geo-política global da guerra às drogas junto a consequência do regime proibicionista no Brasil e no Mundo, como base para a formulação de hipóteses e alternativas possíveis a essa questão. 

 
Convidados :

Henrique Carneiro (Professor da USP)
Willer Junior (Estudante de Ciências Sociais da FSA)
Caio Lima (Membro do coletivo Marcha da Maconha ABC)
 
 
Dia 15/05 (terça-feira) às 20:00
No auditório da FAFIL (Pinicão)

Confirme sua presença no facebook, clique aqui.


Organização:
ANEL (Assembleia Nacional de Estudantes -Livre)
Marcha da Maconha
Colegiado de Ciências Sociais da FSA

2 de maio de 2012

1º de Maio de Luta reúne 2 mil na Av. Paulista

Atividade reúne mais de 2 mil pessoas na Paulista e conta com a participação de sindicalista egípcia, operários de Belo Monte (PA) e Comperj (RJ) em greve

A CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular, junto com outras organizações de esquerda, reuniu mais de 2 mil pessoas em ato de 1° de Maio. A concentração foi no vão do Masp na Avenida Paulista, às 9h. Após a realização de um ato político a manifestação desceu a rua Consolação e foi finalizada em frente à Igreja da Consolação.


A manifestação teve a presença de trabalhadores da maioria dos estados brasileiros. Participaram uma delegação de trabalhadores da hidrelétrica de Belo Monte e uma de trabalhadores do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), ambos em greve. Além dessas, estavam metalúrgicos de São José do Campos, trabalhadores rurais de Brasiléia e Xapuri (AC), bancários do Rio Grande do Norte, professores de diversos estados, metroviários de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, servidores públicos federais, estaduais e municipais, operários da construção pesada de Suape (PE), estudantes, rodoviários de Fortaleza (CE), representações quilombolas de diversos estados, movimentos populares de São Paulo e do Pinheirinho (SJC), além de outras categorias e organizações que atuam na luta contra as opressões (mulheres, negros e LGBT).


Presença de 20 países – Um dos pontos fortes da manifestação da CSP Conlutas foi a presença de uma delegação internacional, com representantes de organizações de trabalhadores de 20 países: Egito, França, Itália, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Senegal, Benin, África do Sul, EUA, Canadá, Costa Rica, Haiti, México, Argentina, Chile, Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai.
 

A atividade foi encerrada pela presidente do Sindicato Independente dos Trabalhadores de Giza, membro do comitê de direção da Federação dos sindicatos independentes do Egito, Fatma Ramadan que saudou os trabalhadores aqui do Brasil e ressaltou o perfil classista e internacionalista da Central.

Fatma contou aos trabalhadores presentes no ato os problemas enfrentados em seu país. "Lá no Egito também sofremos com as demissões em massa e as terceirizações que retiram direitos. O capitalismo quer que paguemos a conta da crise. A revolução no Egito deve se espalhar pelo mundo para combater esses ataques", salientou.

O 1º de Maio organizado pela CSP-Conlutas encerrou o 1° Congresso Nacional da Central, que ocorreu na cidade de Sumaré (SP), de 27 a 30 de abril.

 

Diferente do 1º de Maio de outras centrais sindicais, a manifestação não foi patrocinada por empresas ou governos.

30 de abril de 2012

MML - Movimento Mulheres em Luta ABCD

Convidamos todas as interessadas em construir um movimento feminista e classista na região do ABCD!


Operárias, funcionárias públicas, professoras, estudantes, donas de casas... precisamos organizar a luta contra o machismo e a exploração também em nossa região!

Venham conhecer o MML, uma nova entidade das mulheres trabalhadoras, que não concordam com as políticas dos governos e também com a situação de miséria em que estamos submetidas no capitalismo!

Saudações de luta!

Sábado, 5 de Maio às 15h30
No prédio da FAFIL na Fundação Santo André

Participe!

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